terça-feira, 29 de março de 2011

Moxabustão




A moxabustão é uma técnica terapêutica da Medicina Tradicional Chinesa. Baseia-se nos mesmos princípios e conhecimentos dos meridianos de energia utilizados na acupuntura, sendo amplamente utilizada em outros sistemas de Medicina Oriental tradicional como: Japão, Coréia, Vietnã, Tibete e Mongólia. Esta prática, pela documentação antiga existente, parece ser anterior à acupuntura.

Originou-se no norte da china, moxabustão – Jiú (pinyin) significa literalmente, “longo tempo de aplicação do fogo”, sendo considerada uma espécie de acupuntura térmica, feita pela combustão da erva Artemísia sinensis e Artemísia vulgaris. A cauterização, da qual deriva a moxa, foi um desenvolvimento que se seguiu ao uso do fogo.

Considerou-se que o aquecimento e a sensação de bem-estar que o fogo propiciava à vida nas cavernas frias e úmidas, assim como as curas furtivas que ocasionalmente aconteciam do toque de um carvão acesso ou pedaço de lenha em brasa, foram os primórdios da cauterização.

O efeito da moxa é semelhante à acupuntura, que age estimulando os pontos da acupuntura para fortalecer a circulação do Qi (energia) e do sangue, sendo que a moxa estimula com o calor. No capítulo 75 do Ling Shu está escrito “quando o sangue nos vasos torna-se estagnante ou fica bloqueado, deve ser tratado somente pelo fogo”. Esta e outras passagens, descritos nos livros antigos ilustram bem as funções da moxa.

O calor da moxabustão é extremamente penetrante, tornando-se eficaz quando há menos circulação, condições frias e úmidas, além da deficiência do Yang. Quando aplicada aos pontos de acupuntura específicos com deficiências do Yang, o corpo absorve o calor recuperando mais rapidamente o Qi (energia) do Yang do corpo e o “fogo ministrial” fonte de todo o calor e energia do corpo. As folhas frescas da planta Artemísia são colhidas na primavera e expostas ao sol para secarem, em seguida são trituradas, examinadas e filtradas para remoção de areia ou talos mais grosseiros, posteriormente, posto de novo ao sol, repetindo-se este processo até se obter a consistência desejada que é um pó fino, macio e claro.

A moxa ao ser usada diretamente sobre a pele (método direto) deve ser extremamente fina, para que possa ser amassada e moldada com as mãos em minúsculos cones, firmes e que não se devem desfazer, para o uso indireto (não encostar na pele) não é necessário ser tão fina, esta é enrolada fortemente em papel especial de cerca de 15 cm de comprimento, pode ser adicionado pó de outras plantas, formando-se então os bastões ou “charutos” que servirão uma vez acessos numa extremidade para aquecer os pontos ou áreas do corpo.
A moxabustão como em todas as terapias que se utilizam instrumentos deve-se ter alguns cuidados e precauções que qualquer profissional conhece perfeitamente, algumas dessas precauções são: não aplicar moxa em síndromes de calor com deficiência do Yin (ex: menopausa ou febre alta); não produzir cicatrizes com moxa; não usar moxa na região lombo-sacra em mulheres grávidas, e seguir sempre os princípios básicos de diagnóstico da MTC (Medicina Tradicional Chinesa).

Fonte: www.medicinachinesapt.com/moxabustao

quinta-feira, 24 de março de 2011

Massagem Abhyanga



A Massagem Abhyanga é um tipo de massagem terapêutica utilizada para tratar de diversos problemas e consiste em diferentes técnicas ocidentais. A Massagem Abhyanga tem como objetivo “alimentar” o corpo com o toque e com o óleo promovendo assim a circulação sanguínea e diminuindo as dores musculares.
A palavra Abhyanga tem como significado em sânscrito, untar e friccionar com óleo.
Segundo os princípios da Ayurveda, todas as pessoas têm um tipo específico de organismo denominado dosha. Existem 3 doshas: Pitta, kapha e Vata, e todos nós temos um equilíbrio específico dos doshas que deve ser tratado com a terapia ayurveda.
Na Massagem Abhyanga, o seu dosha irá determinar que tipo de óleo medicinal (base de plantas ou frutos) será utilizado e que ingredientes devem ser acrescentados.
Tradicionalmente a Massagem Abhyanga é feita no período da manhã, de modo  que a mente esteja mais desperta e estimulando também a pessoa para o resto do dia.
A pessoa deita-se numa marquesa própria para este tipo de massagem, e o terapeuta derrama sobre o seu corpo o óleo específico e devidamente aquecido. Óleos de sésamo ou coco são dos mais utilizados juntamente com uma combinação de ervas. Passados alguns minutos e após o óleo ter penetrado no corpo o terapeuta começa a fazer movimentos ritmados e suaves com a palma da mão.
Uma Massagem Abyhanga pode ter a duração de uma hora. No final da massagem o cliente toma uma ducha, de modo  que o organismo absorva o óleo.
Uma prática regular deste tipo de massagem ajuda ao relaxamento muscular e remoção de toxinas. Atua diretamente no sistema linfático, sanguíneo, digestivo e nervoso. Melhora a imunidade, e ajuda a aliviar tensões, stress e insônias. Aumenta a vitalidade e ajuda no rejuvenescimento. E ainda ajuda a abrir os canais de energia e a eliminar os seus bloqueios. De uma forma geral ajuda à sua saúde e bem-estar.
Uma dica, para aqueles que não podem fazer massagens regularmente os praticantes de Ayurveda recomendam que se devem colocar diariamente um óleo específico para o seu dosha nos pés, mãos e cabeça.
Os praticantes de Ayurveda recomendam que as pessoas deveriam receber Massagens Abhyanga todos os dias para equilibrar o organismo e mantê-lo saudável.

Fonte: http://manualdabeleza.com/massagemabhyanga

sexta-feira, 11 de março de 2011

OS BENEFÍCIOS DO GENGIBRE

Como planta medicinal, o gengibre é uma das mais antigas e populares do mundo. Suas propriedades terapêuticas são resultado da ação de várias substâncias, especialmente do óleo essencial que contém canfeno, felandreno, zingibereno e zingerona.
O gengibre é indicado para tratar uma serie de problemas, pois melhora a imunidade, estimula o metabolismo, atua contra os radicais livres (células responsáveis pelo envelhecimento) aumenta a força de contração do coração, previne a formação de gases intestinais e combate diversas bactérias, descongestiona as vias respiratórias, alivia dor de dente (mastigue um pedaço da raiz), melhora enjôos (raspe um pouco e cheire).  Banhos e compressas quentes de gengibre são indicados para aliviar os sintomas de gota, artrite, dores de cabeça e na coluna, além de diminuir a congestão nasal, cólicas menstruais.
No Japão, massagens com óleo de gengibre são tratamentos tradicionais e famosos para problemas de coluna e articulações. Na fitoterapia chinesa, a raiz do gengibre é chamada de “Gan Jiang”. Sua ação mais importante é a de aquecer o baço e o estômago, expelindo o frio. É usada contra a perda de apetite, membros frios, diarréia, vômitos e dor abdominal. Aquece os pulmões e transforma as secreções. Na medicina Ayurvédica, o “Zingiber officinale” é conhecido como “medicamento universal”.
Além desses benefícios, o gengibre também tem ação bactericida, é desintoxicante e possui poder afrodisíaco – onde seu óleo é utilizado para massagear o abdômen, provocando calor ao corpo e excitando os órgãos sexuais. Na medicina chinesa tradicional, por sua reconhecida ação na circulação sangüínea, ele é utilizado contra a disfunção erétil. Uma pesquisa da Unicamp realizada em coelhos, comprovou os efeitos.
Recentemente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) reconheceu a ação dessa planta sobre o sistema digestivo, tornando-a oficialmente indicada para evitar enjôos e náuseas, confirmando alguns dos seus usos populares, onde o gengibre é indicado na digestão de alimentos gordurosos.